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  • sexta-feira, 30 de maio de 2014

    EXTREMISMO RELIGIOSO PELO MUNDO (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen
    http://aluznamente.com.br

    Intolerância religiosa, eis aí um gravíssimo nódulo cancerígeno do mundo contemporâneo. Esta semana, ao chegar a Israel, o papa Francisco expressou sua "profunda dor" pelo atentado contra o Museu Judaico de Bruxelas, que causou a morte de quatro pessoas, entre elas dois israelenses. Historicamente, os judeus tornaram-se alvo preferencial de perseguição religiosa ainda antes do fim do Império Romano, mas esta recrudesceu durante a Idade Média. A perseguição religiosa (ao judaísmo) atingiu níveis nunca vistos antes na História durante o século XX, quando os nazistas perseguiram milhões de judeus e outras etnias indesejadas pelo regime.
    O fanatismo religioso é marcado pela aversão a diferenças de crenças, resultando em perseguição à liberdade de credo e pluralismo religioso. Ódios que podem levar a prisões ilegais, espancamentos, sequestros, torturas, execução injustificada, negação de benefícios e de direitos e liberdades civis. Como ocorre na Nigéria, onde a maioria das pessoas do norte é muçulmana, "mas nem todas interpretam o Corão da mesma forma que o grupo extremista nigeriano Boko Haram. Em face desse radicalismo, muitos muçulmanos estão sendo convertidos ao Cristianismo.
    Por causa da conversão dos muçulmanos ao Cristianismo, o Boko Haram começou atacar as igrejas cristãs porque estavam perdendo seguidores. Recentemente, milhares de pessoas foram assassinadas pelo grupo extremista. Sua ação mais notória ocorreu em 14 de abril de 2014, quando sequestrou 223 meninas e adolescentes no nordeste da Nigéria, onde o grupo é baseado. Nos últimos dois meses, o Boko Haram intensificou a sua campanha para transformar a Nigéria num estado islâmico que tem como principais alvos os civis.
    Estudiosos afirmam que a rápida expansão do cristianismo e do Islã na África se deve, em grande parte, ao sentido religioso, ao respeito e à tolerância inerentes à cultura tradicional. Os africanos descobriram que essas novas religiões provenientes do exterior continham muitos aspectos das crenças fundamentais (Ser Supremo, culto aos mortos/antepassados, espíritos etc.) e dos valores (centralidade da pessoa, importância da comunidade, a caridade e o perdão) de sua própria experiência religiosa. Mas nem todos os convertidos interpretam dessa forma, e utilizam a crença para busca do poder político.
    A violência entre grupos religiosos na República Centro-Africana atingiu recentemente um novo extremo, com relatos de canibalismo na capital do país, Bangui. Aí está ocorrendo intensa violência entre milícias cristãs e muçulmanas. O país de maioria cristã era governado por um presidente muçulmano que se elegeu com ajuda de milícias muçulmanas. Ele prometeu desmantelar as gangues que o ajudaram, mas não conseguiu. Em reação, cristãos montaram milícias próprias, e o país se afundou em um conflito religioso armado. (1)
    Atualmente, cerca de 80% dos conflitos armados que existem por todo mundo são decorrentes de questões religiosas. Em todo mundo estamos vendo o desenrolar de guerras e mais guerras em nome de algo que eles chamam de “fé”. Mas entenda a palavra “fé” que eles usam como: ambição, fanatismo, incredulidade, loucura ou falta da verdadeira FÉ!
    Atentados suicidas têm matado muitas pessoas em Bagdad. Durante o regime de Saddam Hussein, os sunitas dominavam os aparelhos do Estado e das Forças Armadas, e os xiitas eram reprimidos. Quando o regime caiu, os xiitas assumiram o poder e o país entrou em colapso, num estado de quase guerra civil, com grupos armados sunitas e xiitas guerreando entre si.
    A França foi o país que mais contribuiu para o aumento dos índices de intolerância religiosa na Europa, não só por causa das proibições em vigor contra vestuário religioso em espaços públicos, mas também devido ao assassinato, em 2012, de um rabino e de três crianças judias. Com o aumento da diversidade religiosa no Brasil, verifica-se um crescimento da intolerância religiosa, tendo sido criado até mesmo o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa [21 de janeiro], por meio da Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007. Vários países ao redor do mundo incluíram cláusulas nas suas constituições proibindo expressamente a promoção ou prática de certos atos de intolerância religiosa ou de favorecimento religioso dentro das suas fronteiras.
    A intolerância religiosa aumentou de modo geral durante o ano de 2012 em todos os continentes, exceto nas Américas. Temos a convicção de que, por trás dos novos fanatismos religiosos – católicos, evangélicos, espíritas, muçulmanos etc. – está o pendor místico do religioso que leva a uma cristalização da fé, desembocando numa falsa doutrina das virtudes. A base dos fanatismos é o medo – medo da liberdade, medo da vida, medo da cultura; medo, medo, medo, enfim, medo do mundo, que é encarado de um modo suspeito e hostil.
    A Doutrina Espírita nos faz entender quem somos efetivamente, quem realmente é o ser humano em sua vocação e circunstância, visão que possibilita, por sua vez, a compreensão e a vivência de uma vida social moralmente correta a partir da qual podemos julgar com retidão se determinadas atitudes e ideias propostas por grupos religiosos e/ou políticos correspondem àquilo que o próprio Criador espera de nós.
    Deus nos quer abertos para a realidade, para a beleza das coisas criadas, para a ventura transcendente da liberdade humana de buscar esse ou aquele caminho para Deus, e não acabrunhados pelo medo e, em última análise, cegos pelo fanatismo. Talvez com aquela cegueira suprema, apontada por Jesus Cristo: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso o vosso pecado permanece". (2)
    Oremos pelo mundo!

    Referencias:
    (1) Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140113_canibal_car_dg.shtml acesso 29/05/2014
    (2)João 9:39-41

    terça-feira, 27 de maio de 2014

    OBSESSÃO E RECIPROCIDADE (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen
    http://aluznamente.com.br

    A obsessão corresponde a certa influência perniciosa na mente. Etimologicamente o termo tem sua origem no vocábulo obsessione, palavra latina que significa impertinência, perseguição. Os dicionaristas costumam definir a palavra como sendo uma preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito, resultante ou não de sentimentos recalcados. A terminologia obsessão é usada, comumente, para denotar ideia fixa em alguma coisa, tique nervoso, gerador de manias, atitudes estranhas etc. Na perspectiva espírita, o termo tem uma acepção e explanação mais amplas. Consubstancia-se na influência maléfica relativamente inflexível que desencarnados e/ou encarnados, tão ou mais atrasados que nós mesmos, podem exercer sobre a nossa estrutura psicofísica.
    Kardec elucida que "se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte das moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma. Ora, não se achando o todo em bom estado, impossível é que uma parte dele passe bem". (1) O psiquiatra tradicional por exemplo, diz que obsessão é um pensamento ou um impulso persistente ou recorrente, indesejado e aflitivo, que vem à mente involuntariamente, a despeito de tentativa de ignorá-lo ou de suprimi-lo.
    Os ortodoxos da medicina, sob os antolhos do materialismo decrépito, não admitem nada fora da matéria, portanto, não podem entender uma causa oculta (espiritual). Quando a academia científica tiver saído da extemporânea rotina mecanicista, ela reconhecerá na ação do mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivemos uma força que reage sobre as coisas físicas tanto quanto sobre as coisas morais. Esse será um novo caminho aberto ao progresso e a chave de uma multidão de fenômenos mal compreendidos pela escola psiquiátrica.
    Não há razão para que a Psiquiatria condene os processos espíritas no tratamento dos casos de obsessão e auto-obsessão. É muito importante ampliar o entendimento das causas originais de uma esquizofrenia sob o impacto da obsessão e considerar imprescindível o tratamento espiritual [desobsessão, passe, água fluidificada, oração] oferecido pela Doutrina Espírita, com base nos ensinamentos do Cristo, que um dia, inevitavelmente, constará nas propostas científicas para o tratamento de todas as doenças humanas.
    Nosso mundo mental é como um céu, contudo do firmamento descem raios de sol e chuvas benéficas para a vida planetária, assim como, no instante do atrito de elementos atmosféricos, desse mesmo céu procedem faíscas elétricas destruidoras. Da mesma forma funciona a mente humana. Dela se originam as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do organismo físico, mas quando perturbada, emite raios magnéticos de elevado teor destrutivo para a nossa estrutura psíquica.
    Como máquina, nosso corpo se encontra sujeito a desgastes naturais, até porque muitos obsidiados não sabem usufruir do corpo de forma correta. Nesse sentido, os obsessores (encarnados e desencarnados) sabem explorar, até que o enfermo chegue à patologia de difícil diagnóstico. O estado obsessivo procede da intimidade do homem, exteriorizando-se em forma de tormentos físicos, mentais e emocionais. Suas causas quase sempre remontam a vidas passadas.
    Paixões, ódios, fanatismo, avareza e muitos outros fatores são as fontes geradoras da obsessão, que atualmente se constitui um dos mais terríveis flagelos da humanidade. A mente transmite ao corpo, a que se ajusta durante a encarnação, todos os seus estados felizes ou infelizes, equilibrando ou conturbando o ciclo de causa e efeito, portanto, a obsessão é uma patologia que guarda a sua origem profunda no Espírito que delinquiu.
    O melhor processo para nos livrarmos de um obsessor é nos tornarmos bons. Chico Xavier disse não “adiantar ao diabo ficar soprando onde não há brasas”. É verdade! As trevas exteriores se ligam pelas sombras interiores. O que nos algema a um obsessor é a iniquidade que alimentamos nas atitudes e intenções. O que nos vincula a um obsessor vingativo é a nossa obstinação de não perdoar. O que nos conecta a um obsessor infeliz é o desgosto que cultivamos no coração.
    Muitas vezes procurado pelos obsidiados, Jesus adentrava mentalmente nas causas da sua inquietude e, usando de sua autoridade moral, libertava tanto os obsessores quanto os obsidiados, permitindo-lhes o despertar para a vida animada rumo à recuperação e à pacificação da própria consciência. Entretanto, Jesus não libertou os obsidiados sem lhes impor a intransferível necessidade de renovação íntima, nem ejetou os perseguidores inconscientes sem fornecer-lhes o endereço de Deus.
    Em resumo, identificamos sempre na obsessão (espiritual) o resultado da invigilância e dos desvios morais. Para garantirmo-nos contra a sua influência, urge fortalecer a fé pela renovação mental e pela prática do bem nos moldes dos códigos evangélicos propostos por Jesus Cristo, não nos esquecendo da narrativa de Mateus: “vigiai e orai para que não entreis em tentação”. (2)

    Referências:
    [1] Kardec, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo, RJ: Ed. FEB, 2001, Introd., item XIX
    [1] Mt 26,41

    segunda-feira, 19 de maio de 2014

    ÁLCOOL VERSUS GARRINCHA, RAUL SEIXAS, MAYSA MONJARDIM, WHITNEY HOUSTON, EDGAR ALLAN POE

    Jorge Hessen
    http://aluznamente.com.br
    O alcoolismo, embora um dos mais graves problemas sociais, tem sido tema reiteradamente utilizado nas piadas de inquietos comediantes. Lamentavelmente se faz muita “gracinha” com assunto extremamente sério.  Diversas piadas sobre dipsomaníacos são anunciadas em jornais, rádios, TV e Internet. Muitas alcunhas burlescas e de mau gosto foram bolados, tais como pinguço, manguaça, chapado, cachaceiro, pudim-de-cana , bebum e papudim , entre outros. 
    Os tratamentos para o alcoolismo são bastante variados porque existem múltiplas perspectivas para essa condição. Aqueles que possuem um alcoolismo que se aproxima de uma condição médica ou doença são recomendados a se tratar de modos diferentes dos que se aproximam desta condição como uma escolha social. Mormente a terapia é complexa, multiprofissional e de longa duração dependendo da persistência do paciente e sua rede social de apoio para o processo de cura. (1)
    Por efeito das inusitadíssimas terapêuticas dos bêbedos das ruas de Amsterdã , capital da Holanda, alguns alcoólatras [moradores de rua] (2) estão recolhendo lixo das ruas para receberem latas de cerveja como pagamento pelo serviço. É isso mesmo! O salário dos garis alcoolistas é convertido em muitas latas de cerveja! Segundo os coordenadores, o objetivo do plano é proporcionar “melhor qualidade de vida” aos alcoólatras, estimulando-lhes a contribuir para a sociedade. (3)
    Os idealizadores do singular esquema encaram o alcoolismo como uma "realidade imutável" e resolveram enfrentá-lo com o único artifício que pode “acariciar” os beneficiados pelo projeto, ou seja,  beber cerveja. Sob a tese da impossibilidade de afastar um alcoólatra da bebida, oferecem-lhes cervejinhas diárias, à guisa de salário, embora convictos de que  os garis-alcoólatras  não se tornam pessoas melhores, todavia a cidade fica limpa. Na jornada de trabalho os garis-alcoólatras  chegam ao serviço às 9h e catam lixo até às 15h, fazem pausas para tomar inofensivas “cervejinhas”, fumar e almoçar. Tudo de “graça” (infelizmente ignoram o altíssimo preço que estão pagando). 
    O álcool é a droga “lícita” mais consumida no mundo contemporâneo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Imaginem se a ideia holandesa vira moda no Brasil. Seria trágico, afinal de contas o nosso país suplanta a média mundial de consumo de alcoólicos. Os dados são da OMS publicado em 2012. Segundo a Organização, não apenas a bebida pode gerar dependência, mas também pode levar ao desenvolvimento de outras 200 (duzentas) doenças. Entre os 194 países avaliados, a Organização Mundial da Saúde chegou a conclusão de que o consumo médio mundial para pessoas acima de 15  anos é de 6,2 litros por ano. No caso do Brasil, os dados apontam que o consumo médio é de 8,7 litros por pessoa por ano. 
    O alcoolismo é um problema crônico e não preserva nenhuma pessoa. As vítimas desta infernal moléstia podem ser celebridades ou anônimos. Alguns famosos conseguiram combater a doença com o tratamento, e hoje estão recuperados. Porém, outros não lograram êxito e acabaram com a carreira e a reputação. Tornaram  verdadeiros farrapos humanos. A bebida arruína e despedaçou a vida de jogadores de futebol como Garrincha e  Sócrates; de cantores como Maysa Monjardim, Whitney Houston, Amy Winehouse,  Britney Spears, Raul Seixas , Ozzy Osbourne, atores como Macaulay Culkin, Lindsay Lohan, Keanu Reeves, Mel Gibson; Escritores como Nelson Rodrigues, Alexandre Dumas; Mario Quintana, Edgar Allan Poe. 
    São inúmeras e graves as doenças provocadas pelo álcool. Das 200 (duzentas) doenças, normalmente é o fígado o primeiro órgão a lamentar-se, porém outros podem ser igualmente afetados, com maior ou menor gravidade. Vejamos: fígado gordo, hepatite, fibrose hepática, cirrose, gastrite, pancreatite, anemia, trombose, atrofia cerebral. 
    O álcool também aumenta o risco de cancro do cólon, que é a terceira causa principal de morte por cancro. Mesmo quando não mata, desfigura e afeta a qualidade de vida. Os tratamentos incluem a remoção de parte do cólon e o uso, temporário ou permanente, de uma bolsa de plástico para recolher os dejetos intestinais (fezes). O que se vê nos hospitais, durante a autópsia do cadáver de um alcoólatra crônico, é algo horripilante. O panorama interno do cadáver pode ser comparado ao de uma cidade completamente destruída por um bombardeio atômico. 
    Há dois mil anos, Paulo escreveu para os cristãos de Efésio: “e não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.”(4) Como podemos entender o vício? Cremos ser toda dependência química ou psíquica geradora de solicitudes insustentáveis, capazes de levar o dependente a repetir, incessantemente, a ação que sacia, temporariamente, essa “aflição.” (5) Geralmente, decorre de uma ação repetitiva, que nem sempre proporciona prazer imediato, mas, que, ao longo do tempo, torna-se objeto de necessidade exacerbada, inconveniente e prejudicial ao indivíduo. 
    Para o dependente do álcool, a deterioração física, mental e social é evidente. Basta observar a figura ictérica, inchada, sem controle dos esfíncteres, perambulando pelas ruas, vítima de tremores, de delírios e alucinações, capaz de beber desodorante, álcool etílico, combustível, perfume e, até, urina [porque sabe que, através dela, parte do álcool ingerido será eliminada]. 
    Desde 2003, os Cientistas já afirmavam ter descoberto um gene importante para a explicação dos inúmeros efeitos do álcool no cérebro, e esperavam poder produzir “um medicamento que desligasse alguns dos efeitos de prazer ligados à ingestão do álcool, e talvez tentar combater o alcoolismo com remédio.”(6)  Uma droga alucinógena, popular na década de 60, pode ajudar cientistas a encontrar um tratamento para o alcoolismo. A hipótese é de um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia. “De acordo com os cientistas, pesquisas feitas com ratos, utilizando ibogaína, mostraram que a substância foi capaz de bloquear o desejo de consumir álcool, por meio do estímulo a uma proteína cerebral.” (7) 
    Estudos feitos, recentemente, sobre o uso do topiramato em voluntários alcoólatras, revelaram que essa droga, comumente usada no tratamento da epilepsia, melhora a saúde geral e reduz o desejo de beber – “embora seus efeitos colaterais preocupem o especialista britânico em psiquiatria do vício, Jonathan Chick, do Royal Edinburgh Hospital, afirmam que os resultados são positivos, especialmente os dados que mostram melhoria na saúde.” (8)
    O evangelista  Lucas preocupado com o vício da bebida escreveu: "Ele [João Batista] será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte."(9) (grifei) Na hostes  espíritas há incautos "líderes" que costumam justificar suas tragadinhas na vil taça com infundados argumentos, como: “todo mundo bebe”; “uns pouco goles não fazem mal”; “só bebo em ocasiões sociais”; (...) “beber moderadamente é até bom para a saúde." Não recomendamos tais tapeações!
    Seria plausível a cura de um alcoólatra? Allan Kardec indagou à Espiritualidade se o homem poderia, pelos seus próprios esforços, vencer suas inclinações más [assento aqui os viciados]. Os Espíritos, de maneira objetiva,  responderam afirmativamente, explicando que  o que falta nos homens [sobretudo nos viciados] é a força de vontade. (10)
    Em suma: exoremos ao Senhor da VIDA para que tenha misericórdia dos escravos do álcool.


    Notas e Referências bibliográficas:
    (1)            Disponível em http://www.psicosite.com.br/tra/drg/alcoolismo.htm acesso 13/05/2014
    (2)            O Programa  não é indicado para alcoólatras que ainda moram em casa e têm emprego
    (3)            Disponível em  http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140106_amsterda_lixeiros_cerveja_fl.shtml acesso 13/05/2014
    (4)            Efésios, 5:18.
    (5)            Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
    (6)            A pesquisa foi publicada na revista científica Cell , Cf. http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2003/12/031212_alcoholfn.shtml
    (8)            Cf. revistas científicas Archives of Internal Medicine e Proceedings of the National Academy of Sciences disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/06/080610_alcoolismo_tratamentos_mv.shtml
    (9)            Lucas 1:15 e 7:33

    (10)          Kardec , Allan. O Livro dos Espíritos, questão 909, Rio de Janeiro: Ed FEB 198

    segunda-feira, 12 de maio de 2014

    DESPERDÍCIOS QUE DEVASTAM E MATAM PELA FOME (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen
    http://aluznamente.com.br
    Uma em cada oito pessoas no planeta continua sem alimentos suficientes para comer. (1) Embora grande parte da população mundial passe fome, o problema nem é a falta de comida. “Um terço da produção de alimentos no planeta é desperdiçado entre a colheita e a mesa do consumidor. No Brasil, quarto maior produtor mundial de alimentos, 50% do estoque se perde na cadeia de distribuição.” (2) Dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), comprovam que  um terço da produção total, em nível mundial, é dilapidado por negligência de manuseio. Pelo menos 10% se perdem nas plantações. Do restante, 50% são perdidos na distribuição, no transporte e no abastecimento. E do que sobra, 40% se perdem na cadeia do consumo, como nas feiras livres, no setor hoteleiro, nos restaurantes e fornecedores de comida a eventos.
    Se fosse possível recuperar um quarto do desperdício da população mais abastada, daria para alimentar 20 milhões de pessoas miseráveis a cada dia. O desperdício é uma tragédia. Um estudo realizado há dez anos descobriu que os americanos descartam 27% da comida disponível para o consumo. São números assombrosos! Os países industrializados apresentam o maior desperdício, porque têm o hábito de inutilizar comida em bom estado, às vezes só porque não tem boa “aparência comercial”, como ocorre nos Estados Unidos e na Europa. Lamentavelmente a legislação de vários países não permite doações (para instituições filantrópicas) da sobra da qualificação de alimento, ainda que em perfeitas condições de consumo. (3)
    Como se não bastassem os “desperdícios”, há pesquisas que projetam drástico quadro de fome generalizada, por “escassez” de comida, para daqui a 3 décadas, quando o planeta atingirá o número 9,2 bilhões de habitantes. Atualmente, tem ganhado um novo fôlego no ambiente interacadêmico a escola dos neomalthusianos. (4) Havia cerca de 1,5 bilhão de habitantes na época de Kardec, e estima-se que atingiremos pelo menos 11 bilhões daqui a meio século. Muitos creem que a matriz da questão é a explosão demográfica em face de um meio ambiente bastante degradado. Todos os absurdos das teorias sociais decorrem da ignorância humana relativa à necessidade de sua cristianização. Nunca tivemos tanta capacidade de proporcionar bem estar, casa, educação e alimento a todos, embora tenhamos que conviver com bilhões de desabrigados, famintos e, principalmente, carentes de educação.
    Deus nos deu inteligência, raciocínio e razão, justamente para enfrentar os inúmeros desafios sociais. Vivemos em um momento de transição em que talvez não sejam encontradas as soluções ideais para o problema da fome e, quiçá, para outros igualmente cruciais, mas temos uma luta árdua para encontrar melhores caminhos para esse flagelo. A ciência, que fertilizou a terra, controlou pestes e reinventou sementes, haverá de se relacionar mais uma vez com a natureza para obter novos resultados para a humanidade do futuro. Terá que nos tirar do atoleiro da possível escassez de alimentos, inclusive por desperdício. Até porque, Deus se manifesta ao homem através do próprio homem e "Deus provê para que haja equilíbrio entre a população crescente e os meios de subsistência". (5)
    É triste a constatação, porém, de que hoje, a cada cinco segundos, (isso mesmo! cinco segundos) morre uma criança na Terra em decorrência de problemas provocados pela carência de calorias e proteínas mínimas para sobrevivência. É dramático que a humanidade, em meio a progressos estupendos, como a capacidade de escavar o solo de outro planeta em busca de vida, seja ainda assombrada pelo fantasma da fome. Em 2015 a população mundial terá cerca de 600 milhões de bocas a mais para se alimentar. A pobreza, a miséria, a guerra, a ignorância, como outras calamidades coletivas, são enfermidades do organismo social, devido à situação de prova da quase generalidade dos seus membros. "Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva estará eliminada dos ambientes humanos". (6)
    “A Fome já castiga mais de 1 bilhão” (7), informou o Correio Braziliense há 5 anos. A ONU sinaliza que a falta de alimentos atingiu nível inédito. No tétrico cenário terrestre, há uma estúpida realidade de falta de comida, principalmente, em sete países, onde vivem 65% dos famintos: Índia, China, República Democrática do Congo, Bangladesh, Indonésia, Paquistão e Etiópia. Uma tragédia que já alcança 1 bilhão e duzentos milhões de pessoas em todo o planeta, e ganha contornos ainda mais nefastos quando a ajuda alimentar atinge seu mais baixo nível, em duas décadas (muitos países ricos têm cortado o financiamento à assistência alimentar). O alerta foi dado pela norte-americana Josette Sheeran, diretora executiva do Programa Mundial de Alimentação da Organização das Nações Unidas (PMA).
    O homem cibernético perambula pelas estradas da vida sobre os espólios de suas agonias esfaceladas. Sonha com os planetas, as estrelas, as galáxias, porém nega impassível um naco de pão ou um prato de comida ao esfomeado que lhe bate à porta ou que lhe exora cuidado fraternal nos calçadões frenéticos das metrópoles. O homem tecnológico prega a paz e fabrica  os canhões homicidas; pretende solucionar os problemas sociais e intensifica a construção das cadeias e prostíbulos. "Esse progresso é o da razão sem a fé, onde os homens se perdem em luta inglória e sem-fim". (8)
    Na hora atual da humanidade terrestre, em que todas as conquistas da civilização se subvertem nos extremismos, o Espiritismo é o grande iniciador da questão social, por significar o Evangelho redivivo que as religiões literalistas tentam inumar nos interesses econômicos e na convenção exterior de seus prosélitos. Talvez estejamos vivendo agora na Terra um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos. Revendo os quadros da História do mundo, sentimos um frio cortante neste crepúsculo doloroso da civilização ocidental. Lembremos a misericórdia do Pai e façamos as nossas preces. “A noite não tarda e, no bojo de suas sombras compactas, não nos esqueçamos de Jesus, cuja misericórdia infinita, como sempre, será a claridade imortal da alvorada futura, feita de paz, de fraternidade e de redenção.” (9)

    “Então, perguntar-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? - Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? - E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? - O Senhor lhes responderá: Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes.”(10)

    Referências bibliográficas:
    (4)            Em 1803, Thomaz Robert Malthus (1766-1834), economista inglês e ao mesmo tempo religioso ligado à Igreja Anglicana, formulou célebre teoria econômica, baseada em observações colhidas na Noruega, Suécia, Finlândia, norte da Rússia, França, Suíça e na própria Inglaterra, pela qual preconizava abertamente o controle do aumento da população.
    (5)            Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: ed. FEB , 2001, questão 687
    (6)            Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Ditada pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB, 2001, per.  55,92,121,
    (7)            Publicado no Jornal Correio Braziliense edição de 17 de setembro de 2009
    (8)            Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Ditada pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB, 2001, per. 199
    (9)            Xavier, Francisco Cândido A Caminho da Luz– ditado pelo espírito Emmanuel, 22ª edição História da Civilização à Luz do Espiritismo (Psicografado no período de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938) RJ: Ed FEB 2001
    (10)          Mateus, 25:37-40.

    quarta-feira, 7 de maio de 2014

    SÃO HABITADOS TODOS OS MUNDOS QUE GIRAM NO UNIVERSO (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen
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    Fachada da casa de Mozart em Jupter
    A missão da sonda Kepler da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) noticiou a descoberta de 715 novos exoplanetas (ou planetas fora do Sistema Solar), que orbitam 305 estrelas (sóis) em sistemas planetários similares ao nosso. Até agora foram descobertos 1700 exoplanetas. Pelas estimativas de Jean Schneider, até 27 de março de 2014, já haviam 1779 exoplanetas detectados. (1)

    Para verificar os planetas, uma equipe de observação co-liderada por Jack Lissauer, cientista planetário no Centro de Pesquisa Ames da Nasa, analisou estrelas com mais de um planeta em potencial - todos detectados nos dois primeiros anos de observações da Kepler - Maio de 2009 a março de 2011. Atualmente a Kepler está com problemas operacionais. Para 2017 a agência espacial americana pretende lançar o satélite Tess, outro caçador de planetas.

    Um desses exoplanetas, chamado Kepler-296f, orbita uma estrela da metade do tamanho e 5 por cento mais brilhante que o nosso sol. Kepler-296f é duas vezes o tamanho da Terra, mas os cientistas não sabem se o planeta é um mundo gasoso, com um grosso envelope de hidrogênio em hélio, ou é um mundo de água cercada por um oceano profundo.

    A pergunta que não silencia é: será que existe vida humana em outros orbes? Sobre isso não há cientista que possa negar ou confirmar. Entretanto, Kardec diz que “a razão humana se recusa a admitir só haver vida inteligente na Terra e nos diz que os diferentes mundos são habitados.” (2) E sobre vidas noutros sistemas fora da Terra os Espíritos têm confirmado abundantemente a sua existência.

    O Codificador, ao tratar o assunto, não desceu a minudências da vida corporal extraterrestre, rumando quase que unicamente pelo aspecto moral dos habitantes de algum orbe. A rigor, as diversas existências físicas do homem podem ser na Terra bem como em outros mundos; “o início dessas existências não terá sido aqui [na Terra], bem como seu término também não o será.” (3)

    O Espírito Maria João de Deus (genitora de F.C. Xavier), descreve de modo impressionante a existência de vidas inteligentes noutros planetas. Cita, por exemplo, Saturno, cientificando que lá inexistem vícios, não há guerras, a eletricidade é utilizada em sua potencialidade plena. Os saturninos consagram-se bastante à espiritualidade; as vegetações são azuladas e os oceanos são rosados. Para o espírita e astrônomo Camille Flammarion, empregando convicções pessoais, afirmou que “Saturno talvez fosse habitado por seres inconciliáveis com os organismos terrestres.” (4)

    Utilizando certezas pessoais sobre o que se sabia no século XIX a respeito do tema, Kardec alegou que a “Terra é moralmente superior a Marte e muito inferior a Júpiter.” (5) A despeito da conflitante informação sobre a temática, sabe-se que um espírito de pequena elevação cultural “informou ao Codificador que Marte era um planeta inferior à Terra” (6), todavia o Espírito Maria João de Deus afirma que “os marcianos são dotados de muita espiritualidade; são quase semelhantes aos terrícolas, todavia fisicamente possuem diferenças apreciáveis: além dos braços, têm ao longo das espáduas umas ligeiras protuberâncias. O ar marciano é muitíssimo mais leve, a vida é mais aérea, a água é escassa, motivo pelo qual o líquido vital é regulado por sistemas de canalização. Nos horizontes marcianos não há muitas elevações montanhosas.” (7)

    Ainda sobre Marte, o Espírito Humberto de Campos ratifica as informações descritas por Maria J.de Deus, apresentando “os marcianos manejando possantes máquinas aéreas que navegam no pé das nuvens, algumas delas [nuvens] produzidas artificialmente, para atender reinos mais frágeis da natureza do quarto orbe do nosso sistema planetário.” (8) Além disso, sob o ponto de vista pessoal, Flammarion corrobora a tese de que os marcianos “são moralmente superiores aos terrestres, transportam-se por navegação aérea e seus edifícios são erguidos pelo pensamento, possuem doze sentidos, o que lhes permitem comunicação direta com o universo.” (9)

    Na Revista Espírita de Agosto/1858, publicou um desenho psicopictografado (desenho mediúnico) e assinado pelo Espírito Bernard Palissy, célebre oleiro do século XVI, referente “a uma habitação em Júpiter, que seria a casa de Mozart. Somos também informados de que Cervantes seria vizinho de Mozart e que por lá também viveria Zoroastro.”. (10)

    Em 1938 o Espírito Emmanuel informou que na “Constelação do Cocheiro, cerca de 42 anos luz distante da nós, há o sistema de Capela, de onde milhares de anos atrás alguns milhões de Espíritos rebeldes que lá existiam, foram deportados para o nosso planeta. Aqui aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos, as grandes conquistas do coração, impulsionando simultaneamente o progresso dos seres terrestres.". (11)

    Na questão 172 de O Livro dos Espíritos, Kardec perguntou: “As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra?”, ao que os Espíritos responderam: “Não; vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.”. (12)

    Não obstante a contradição entre o Marte “avançado” de Flammarion e Maria João de Deus contra o Marte “atrasado” segundo comunicações chegadas a Kardec, em verdade o Espiritismo sempre confirmou a existência de vida fora da Terra. Destaque-se que, antes que a ciência humana e as religiões tradicionais admitissem essa possibilidade, os Espíritos revelaram a Kardec na questão 55 do livro "que são habitados todos os mundos que giram no espaço e que a Terra está muito longe de ser o único planeta que asila vida inteligente". (13)

    Um dos ramos científicos que mais têm crescido, desde os anos 50, fazendo audaciosas pesquisas, ampliando muito o acervo de seus conhecimentos, é a Astronomia. “Dela derivam, ou com ela interagem, a Astrofísica, a Astroquímica, a Exobiologia (estudo da possibilidade de vida fora da Terra). Simon "Pete" Worden, astrônomo, que lidera o Centro de Pesquisas Ames da NASA, afirma que nós [na Terra] não estamos sozinhos, pois que há muita vida [pelo Universo].”. (14)

    Sabe-se hoje em dia existirem, “pelo Universo observável, pelo menos 10 bilhões de galáxias. Em 1991, em Greenwich, na Inglaterra, o observatório localizou um quasar (possível ninho de galáxias) com a luminosidade correspondente a 1 quatrilhão de sóis [isso mesmo, 1 quadrilhão!]. Acreditar que somente a Terra tenha vida é supor que todo esse imensurável Universo tenha sido criado sem utilidade alguma, e seria uma impossibilidade matemática que num Universo tão inimaginável não se tivesse desenvolvido vida inteligente, senão neste pequeno planeta. Aliás, seria um incompreensível desperdício de espaço.” (15)

    Aprendemos com os Espíritos que “há mundos cujas condições morais dos seus habitantes são inferiores às da Terra; em outros, são da mesma categoria. Há mundos mais ou menos superiores e, finalmente, há aqueles nos quais a vida é, por assim dizer, toda espiritual.”. (16)

    Notas e Referências bibliográficas:


    (1)           Schneider, Jean. Interactive Extra-solar Planets Catalog. The Extrasolar Planets Encyclopedia. Página visitada em 27 de março de 2014.
    (2)           Kardec , Allan. O Livro dos Médiuns 1ª Parte, Cap. I, n° 2, RJ: Ed FEB, 2000
    (3)           Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2000, Questões 172 a 188
    (4)           Flammarion Nicolas Camille. Urânia, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1990.
    (5)           Kardec, Allan. Revista Espírita, março  de 1858 e outubro de 1860, São Paulo: Edicel, 1987
    (6)           Idem
    (7)           De Deus Maria João. Carta de uma morta, São Paulo: LAKE, 1999.
    (8)           Xavier, Francisco Cândido. Novas Mensagens, ditado pelo espírito Humberto de Campos, Rio    de Janeiro: Ed. FEB,  1940
    (9)           Flammarion Nicolas Camille. Urânia, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1990.
    (10)         Kardec, Allan. Revista Espírita,  agosto de 1858 São Paulo, Edicel, 1987
    (11)         XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz, ditado pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, 1994
    (12)         Kardec, Allan; O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro, Ed FEB, 2000, questão 172
    (13)         Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, perg. 55

    (16)         Kardec, Allan; O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro, Ed FEB, 2001, 3º Cap. itens 3 e 4;