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  • sábado, 25 de julho de 2020

    Preconceitos alienantes

    Preconceitos alienantes

    Jorge Hessen
    Brasília - DF

    A absurda morte do afro-americano George Floyd, de 46 anos, assassinado recentemente durante uma abordagem violenta de um policial branco nos Estados Unidos, desencadeou uma onda de protestos antirracistas e acendeu um debate de proporções internacionais. Do outro lado do mundo o nigeriano Samuel Lawrance , um engenheiro bem-sucedido que vive em Tóquio há mais de 15 anos, carrega uma história de quem enfrentou a escola japonesa, a universidade e o preconceito para conquistar um espaço. Afirma que há um racismo "passivo-agressivo" na sociedade japonesa. [1]
    É impressionante que, em pleno século 21, nos encontremos com pessoas “irracionais” que ainda alimentam seus preconceitos nos pastos das discriminações raciais. O ponto de partida costuma ser o estereótipo, segundo a psicologia social, ou seja, uma ideia, conceito ou modelo que se estabelece como padrão. É cultivado quando uma imagem de determinadas pessoas, coisas ou situações são preconcebidas, definindo e limitando pessoas ou grupos de pessoas na sociedade.
    A beleza da vida está no fato de todos sermos iguais em essência e desiguais, em virtudes e filhos de um mesmo PAI. Compete-nos, pois, abrir o coração e a mente para harmonizar esse mundo novo de vivências altruístas e alteritárias. Com a Mensagem de Jesus compreendemos que na Terra há uma só raça: a raça humana.
    Caucasianos, africanos, indianos, árabes, judeus, asiáticos, não são de diferentes raças, são apenas de diferentes etnias, no esplêndido reino dos seres racionais. Na reencarnação desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza, o princípio da fraternidade universal também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade. (2)
    O Espiritismo é uma doutrina libertária e não compactua, sob quaisquer pretextos, com nenhuma ideologia que vise à discriminação étnica entre os grupos sociais. Nos grandes debates de cunho sociológico, antropológico, filosófico, psicológico etc., o Espiritismo provocará a maior revolução histórica no pensamento humano, conforme está inscrito nas questões 798 e 799 de O Livro dos Espíritos, sobretudo quando a Doutrina dos Espíritos ocupar o lugar que lhe é devido na cultura e conhecimento humanos, pois seus preceitos morais advertirão os homens da urgente solidariedade que os há de unir como irmãos, apontando, por sua vez, que o progresso intelecto-moral na vida de todos os Espíritos é lei universal e tendo por modelo Jesus, que, ante os olhos do homem, é o maior modelo da perfeição que um Espírito pode alcançar. (3)

    Referências bibliográficas:
    [2]           KARDEC, Allan. A Gênese, Rio de Janeiro: Editora FEB, 2002, pág. 31
    [3]          KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Editora FEB, 2003, parte 3ª, q. 798 e 799, cap. VIII item VI - Influência do Espiritismo no Progresso.